terça-feira, 6 de dezembro de 2022

RESUMO DAS LEIS DE NEWTON COM APLICAÇÕES NO COTIDIANO.

 


 

1.            LEIS DE NEWTON:

  

1.1.       PRIMEIRA LEI DE NEWTON:

 

 

Antes de Galileu, pensava-se que uma força sempre presente, tal como um empurrão ou um puxão, era necessária para manter um objeto em movimento com velocidade constante. Mas Galileu, e depois Newton, reconheceram que, em nossa experiência do dia-a-dia, os objetos acabam parando como consequência do atrito. Se o atrito é reduzido, a taxa de freamento é reduzida. Uma lâmina de água, ou um colchão de gás, são especialmente efetivos na redução do atrito, permitindo que o objeto deslize por uma grande distância com pequena variação de velocidade. Galileu raciocinou que, se pudéssemos remover todas as forças externas sobre um objeto, incluindo as de atrito, então a velocidade do objeto nunca se alteraria – uma propriedade da matéria conhecida como inércia. Esta conclusão, que newton enunciou como sua primeira lei, também é chamada de lei da inercia. Uma formulação moderna da primeira lei de Newton: Todo corpo em repouso permanece em repouso a não ser que uma força externa atue sobre ele. Um corpo em movimento continua em movimento com rapidez constante e em linha reta ao não ser que uma força externa atue sobre ele.

 

 

1.1.1.   APLICAÇÃO DA PRIMEIRA LEI DE NEWTON NO COTIDIANO:

 

 

Se você é o passageiro de um avião que voa em linha reta em uma altitude constante e deposita cuidadosamente uma bola de tênis sobre a bandeja (que é horizontal), então, em relação ao avião, a bola permanece se movendo com a mesma velocidade que o avião (figura 1-a).

Suponha, agora, que o piloto repentinamente acelere o avião para frente (em relação ao solo). Você irá, então, observar que a bola sobre a bandeja começa repentinamente a rolar para os fundos do avião, acelerando (em relação ao avião) mesmo que não haja força horizontal agindo sobre ela (Figura 1-b). Neste referencial acelerado, o enunciado da primeira lei de Newton não se aplica. O enunciado da primeira lei de Newton se aplica apenas em referenciais conhecidos como referenciais inerciais. De fato, a primeira lei de Newton nos fornece um critério para determinar se um referencial é um referencial inercial.                                     

 



 

1.2.        SEGUNDA LEI DE NEWTON:

 A primeira lei de Newton nos diz o que ocorre quando não existe força atuando sobre um corpo.  Mas o que acontece quando há forças exercidas sobre o corpo? Considere outra vez um bloco de gelo deslizando com velocidade constante sobre uma superfície suave, sem atrito. Se empurra o gelo, você exerce uma força F que faz com que varie a velocidade do gelo. Quanto mais forte você empurrar, maior será a consequente aceleração A. A aceleração, A, de qualquer corpo, é diretamente proporcional à força resultante Fres exercida sobre ele, e o inverso da massa do corpo é a constante de proporcionalidade. Ademais, o vetor aceleração e o vetor força resultante tem a mesma orientação. Newton resumiu estas observações em sua segunda lei do movimento: A aceleração de um corpo é diretamente proporcional à força resultante que atua sobre ele, e o inverso da massa do corpo é a constante de proporcionalidade. Assim:

Uma força resultante sobre um corpo faz com que ele seja acelerado. È uma questão de causa e efeito. A força resultante é a causa e o efeito é a aceleração.

Uma força resultante de 1 newton dá a uma massa de 1 Kg uma aceleração de 1 m/s², de forma que: 1 N = (1kg).(1m/s²) = 1 kg.m/s².

A equação mais frequentemente usada é expressa como: Fres = M.A

 

 

1.2.1.   APLICAÇÃO DA SEGUNDA LEI DE NEWTON NO COTIDIANO:

 

 

Força maior para carrinho mais pesado: Se o carrinho do supermercado estiver vazio, é muito fácil fazê-lo correr. Mas se o carrinho estiver cheio, você tem que se esforçar muito para fazê-lo andar.






1.3.        TERCEIRA LEI DE NEWTON:

A terceira lei de Newton descreve uma importante propriedade das forças: forças sempre ocorrem aos pares. Por exemplo, se uma força é exercida sobre um corpo A, deve existir um outro corpo B que exerce a força. A terceira lei de Newton afirma que estas forças são iguais em magnitude e oposta em sentido. Isto é, se o objeto A exerce uma força sobre o objeto B, então B exerce uma força de mesma intensidade e sentido oposto sobre A.

Então a terceira lei dá-se quando dois corpos interagem entre si, a força FBA exercida pelo corpo B sobre o corpo A tem a mesma magnitude e o sentido oposto ao da força FAB exercida pelo corpo A sobre o corpo B. Assim, FBA = - FAB.

 

 

1.3.1.   APLICAÇÕES DA TERCEIRA LEI DE NEWTON NO COTIDIANO:

 

 

1.3.1.1.              CHUTANDO UMA BOLA

 

Ao chutarmos uma bola, os nossos pés aplicam uma força sobre a mesma. A força de reação da bolsa age sobre o pé do jogador. O pé experimenta um movimento de recuo ou para quase que instantaneamente. Experimente chutar uma bola leve e outra pesada, para comparar a reação da bola sobre o seu pé.




 

1.3.1.2.              Batendo um pneu:

 

 



 

Os motoristas usam um pequeno martelo de madeira para testar a pressão dos pneus dos caminhões. Ao batermos nos pneus exercemos uma força sobre os mesmos. A força de reação dos pneus faz com que o martelo inverta a o sentido do movimento. O motorista sente o retorno e sabe quando o pneu está bom.

 

sexta-feira, 2 de dezembro de 2022

Qual é o formato da Terra? A Terra é plana? Qual é a medida da circunferência da Terra?

 

O mais absurdo que possa parecer, até hoje no século XXI tem pessoas que apesar de todo conhecimento adquirido pela humanidade ainda fazem esse questionamento. Hoje vocês irão conhecer Eratóstenes, um filosofo que entorno do ano 200 a.C.  utilizou uma informação, seu conhecimento de geometria e uma vareta para responder este questionamento, e ainda foi além medindo a circunferência da Terra.

Você ficou curioso? Tá bom, vamos conhecer estas ferramentas tão poderosas que Eratóstenes utilizou.

Eratóstenes ao ler um papiro na biblioteca de Alexandria teve a informação que em Siena, cidade ao sul de Alexandria, possuía um poço bem fundo, a qual, no dia mais longo do ano, dia 21 de junho (solstício de verão no hemisfério norte), no horário de meio dia o sol iluminava por completo o poço sem produzir sombras nas suas paredes. Para a maioria das pessoas essa informação era somente muito interessante, mas para Eratóstenes era a oportunidade de provar a circunferência da Terra.

Ele sabia que neste mesmo dia e horário em Alexandria, se ele colocasse uma vareta na posição vertical os raios solares produziriam uma pequena sombra, isto significa que um poço em Alexandria não ficaria todo iluminado como ocorre na cidade vizinha.

Eratóstenes então pensou, se eu pregasse varetas em diversas cidades e a Terra fosse plana a sombra produzida pelas varetas deveriam ser todas iguais, mas, no entanto, não era o que ele estava observando. Em Siena neste dia e horário nenhuma sombra enquanto em Alexandria produzia sombras. Eratóstenes então concluiu, que para isso ocorra, a Terra tem que ter uma curvatura, logo a Terra é redonda. Para uma melhor compreensão observe a ilustração abaixo.



 Vocês acham que ele ficou satisfeito? De forma nenhuma, ele queria medir o diâmetro da Terra. Mas como isso é possível? Ele pensou, preciso de duas informações, a distância entre as duas cidades e ângulo que a sombra faz com a vareta em Alexandria no mesmo dia e horário que o sol está a pino em Siena, iluminando todo o poço. A primeira informação, consta a lenda que ele teria contratado um homem para fazer o percurso a pé para medir a distância entre as duas cidades, confirmando a informação dos mercadores que essa distância era de 800 quilômetros.






Para obter a outra informação ele teve que utilizar o conhecimento de geometria básica, que ele adquiriu em sua formação na biblioteca de Alexandria. Primeiramente, Eratóstenes determinou experimentalmente o ângulo da sombra da vareta na vertical com os raios de sol ao meio-dia em Alexandria. Considerando a linha da sombra como um segmento, teremos um triângulo retângulo, no qual, a vareta e a sombra no chão são os catetos e a linha da sombra a hipotenusa, como pode ser observado na figura.



O ângulo que o raio incidente do sol (hipotenusa) faz com a vareta (cateto) é um dos ângulos do triângulo. Eratóstenes verificou que esse ângulo correspondia a um cinquenta avos de uma circunferência, ou seja 7,2 °.

Eratóstenes concluiu, se tivesse uma vareta em Siena e outra na Alexandria e fizesse a projeção das duas elas se encontrariam no centro do globo. Por tanto, utilizando a geometria básica, observaremos que o ângulo formado pelos dois segmentos que saem do centro do globo e vão até as duas cidades, é o mesmo ângulo determinado por Eratóstenes. Lembrando que ângulos alternos internos possuem sempre a mesma medida.



Agora Eratóstenes já sabia que o ângulo entre as duas cidades era de 7,2° e a distância entre as duas cidades era de 800 quilômetros. Sabendo-se que um círculo possui 360° e que 7,2° corresponde a 800 km podemos resolver este problema com uma regra de três simples, conforme pode ser observado abaixo.



Portanto, ele chegou a um cálculo muito próximo do que é considerado hoje em torno de 40.075 Km, tendo um erro de menos de dois porcento.

Impressionante, vocês não acham? Um homem com algumas informações, umas varetas e seu conhecimento em geometria básica podem chegar a um resultado tão próximo do real, e isso a mais de 2200 anos atrás.

Um aluno mais atento pode ter ficado curioso, como eles sabiam exatamente o horário para fazer as medições no mesmo horário? Na verdade, nesta época eles usavam relógio de sol que em uma outra oportunidade vamos conversar a respeito de seu funcionamento.

E agora vocês já sabem responder as perguntas do início do texto?


Autor: Henrique Moura